que faço apologia
ao meu sentimentalismo descontrolado.
Não!
Só estou te mostrando
o lado bom
da minha moeda,
tentando te comprar – pode ser.
Porque o que eu quero é
deitar, rolar, ralar de amor,
sentir o cérebro corroer de culpa
por aquela ligação impulsiva,
o coração partir em mil,
masoquisar a vida
em trezentos amores semanais
ou eternizar a brisa
cheiro-de-rosa
num daqueles romanescos casais eternos.
Mas, minha cara,
entenda,
teu racionalismo tem prazo de validade,
dura até o duro virar líquido,
até você se derreter
e perder as rédeas.
Verás, acredite em mim, verás.
Quando estiver cega de amor.